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LEIA O CORDEL DE EVALDO COM EXCLUSIVIDADE

TÍTULO: DOIS ALCOÓLATRAS CONVICTOS
Autor: Antonio Evaldo Wanderley Rocha
APRESENTAÇÃO
O leitor terá a oportunidade de ler mais um trabalho literário do estudante Antonio Evaldo Wanderley Rocha. Seu primeiro cordel foi “Homenagem ao pai”, cujo conteúdo é o relato da história da bravura do velho José Severino da Rocha (pai) que nada temia e por isso enfrentou de uma só vez seis homens que zombavam dele pelo fato de ser mudo.
“Dois alcoólatras convictos” relata a história de “Bafo de Cachaça” e “Suor de Cana”, João e Pedro, respectivamente. Ganharam estes apelidos pela razão de viverem “fora do ar” constantemente e arrotarem a “malvada” a todo instante.
O texto é de fácil compreensão e termina com a trajetória final dos protagonistas da história e uma lição moral acerca do uso abusivo do álcool.

Francisco Xavier Gondim - Professor de Língua Portuguesa da Escola Estadual “José Calazans Freire”.
Caro leitor nordestino
É grande a satisfação
Que embrulha o intestino
Solta no peito o coração.

Enche a barriga de alegria
Caem as lágrimas de emoção
Por que vou contar a história
Dos cabras lá do sertão.

Feios pela genética
Medrosos de natureza
Alcoólatras por faltar ética
Discípulos da pobreza.

João “Bafo de Cachaça”
E Pedro “Suor de Cana”
Viviam na desgraça
Da sociedade mundana.

Me bate um calafrio
Ao falar destes “malditos”
Pois escapei por um fio
Do causo aqui descrito.

Bafo de Cachaça fazia
De tudo pra beber
Até as cuecas vendia
Preste atenção, vou dizer.

Que do suor de cana
Também não posso esquecer
Faltando ficava de cama
Chorando feito um bebê.

Vou falar num instante
Que João até parecia
Um alambique ambulante
Escute o que ele fazia.

Arrotava cachaça enlatada
Isto ninguém merecia
Bufava cana engarrafada
Maldito o ar poluía.

O desgraçado do Pedro
Não ficava para trás
Chegava botava medo
Pois ele era capaz.

Suava pura caninha
Um odor de satanás
Pitu em forma de gotinha
Mijava aquele rapaz.

Quando passavam na rua
Causavam muita aflição
Ninguém riscava fósforo
O cigarro aceso na mão.

Amassavam depois engoliam
Com medo de uma explosão
Temidos mais que Bin Laden
Viva, viva o Afeganistão!

Bafo e suor de cana
Eram pobres de lascar
Não tinham nenhum real
Bebiam sem nada pagar.

Passavam o dia bebendo
A noite lá no “Spar”
Vendo o sol nascer quadrado
Com uma ressaca de matar.

Certo dia da semana
Na churrascaria Encanto
Bebia cerveja e cana
Também nunca foi santo.

Quando chegaram o dois
Pedindo uma ao gerente
Que disse: voltem depois
Daqui sete anos pra frente.

Saíram tão perturbados
Sem ter o que tomar
Como “Teixeira do Rádio”
E ouvindo “Amado” cantar.

Então João olhou para Pedro
Dizendo vamos agora apelar
Um cochichando para o outro
Nada mais pude escutar.

Saí correndo apertado
Imprensando o cabeção
Deixei os dois pares sentados
Pedro a falar com João.

Nós vamos é pra cadeia
Esse assalto não dá certo
Calma, que tenho uma idéia
Calma, que o plano é perfeito.

João, não temos nada
Nem armas e nem capuz
Já me sinto na cela apertada
Comendo só mortadela e cuscuz.

Pedro, faça o que digo
Deixe de aperreio, abestado!
Pois tenho aqui comigo
Um par de trinta e oito zerado.

Ora João não esconda, me diga
Desde quando anda armado
Não tens um centavo pra pinga
De onde roubou os zerados?

Isto não lhe interessa
Você quer ou não quer beber?
“Havia”, que estou com pressa
Se eu não beber vou morrer.

Pedro, vai lá pra fora
Que eu vou a luz apagar
Eu grito quando for hora
Pra janela tu pular.

Com essa lanterna na mão
Tu vai entrar e acender
Na cara do gerente bufão
Que não irá nos reconhecer.

Enquanto isto eu estava
Relaxando no banheiro
Sem fila, sem pressa ficava
Toda a cerveja do joelho.

Mas o desgraçado do João
Apagou foi a chave geral
E eu naquela escuridão
Já tava passando mal.

Foi quando então começou
Ouvi um grito lá de fora
Isto é um assalto, doutor
Passe tudo e sem demora.

E eu que fui ao banheiro
A fim então de mijar
O medo é tão traiçoeiro
Que a necessidade vem já.

Quando pensei em tirar
Já não havia mais tempo
Pois a minha roupa
Estava repleta de excremento.

E eu já encabulado
Barruei no zelador
Lembrei do meu estado
Saí correndo pelo corredor.

Abri a porta errada
Fui parar lá no porão
Desci rolando na escada
E meti a cara no chão.

Estava eu desmaiado
E o assalto corria à tona
João muito bem armado
Gritava passe a cana!

Cana! Vamos roubar é cachaça?
Pensei que fosse dinheiro
Já estava vendo até Graça
Comigo lá no estrangeiro.

Graça é quenga e não presta
Pegue logo esta pitu
Coloque dez litros na cueca
E corre pra Baixa de Tatu.

Estás confundindo, amigão
Eu nem sou deputado
Nem sei o que é mensalão
Tu estás é precipitado.

Olha, o cuecão não é meu
E vou logo lhe avisando
Nunca vi dólar, amigo meu
Por que estás me acusando?

Largue de ser burro, jumento
Deixe de falar besteira
E pare de tremer um momento
Sente aqui nesta cadeira.

De tanto tu resmungar
Estou é ficando rouco
Você não pára de suar
Eu vou já é ficar louco!

Coloque logo a cachaça
Em cima deste balcão
Levante e pegue a caixa
Leve a lanterna na mão.

Porque se ele se mexer
O mando lá pro inferno
Vais visitar pode crer
Lampião, o “eterno”.

De onde João tirou, rapaz
Tanta coragem assim?
Está se mostrando capaz
Um cara mau, muito ruim.

Mas foi por pouco tempo
O gerente começou a falar
Esta catinga eu me lembro
Este fedor de matar.

Está generalizado
Já sei, é Pedro e João
Ah! malditos desgraçados
Quase me matam do coração.

João tremia, coitado
E Pedro afoito gritou
Atire neste safado
Em mim não – o zelador.

Que acendeu uma lanterna
Bem na cara de João
Poderia atirar-lhe na perna
Mas riu com a situação.

João estava parado
Acredite se quiser
Ele nem estava armado
Chorava feito mulher.

Pois os três oitões zerados
Eram duas havaianas
De número 38 e roubado
De sua irmã, dona Ana.

Nesta hora Pedro e João
Meteram o pé na carreira
Naquela grande escuridão
O que foi de mesa e cadeira.

Foram parar lá na rua
Os dois levaram no peito
E no clarão da rua
O gerente virou prefeito.

Chamou logo a polícia
E disse: cana neles
Não quero ver malícia
Corte a alimentação deles.

Cana, sim! Quero muito
Cinco litros só pra mim
João, jamais seremos defuntos
Vamos beber até que enfim.

Pedro cale essa boca
Você só fala besteira
Tu tens é a cabeça oca
Nós vamos é pra cadeia.

E eu acordei no hospital
Só soube porque me contaram
E desde que passei mal
Nem bebi quando pagaram.

Acredita se eu lhe disser
Que tudo que me aconteceu
Foi praga da minha mulher
Desde que ele morreu.

Nada mais aconteceu
Também não vi Pedro e João
Só soube que viajaram
Após saírem da prisão.

Caro amigo meu e leitor
Escutem com atenção
O álcool em excesso é causador
De dependência química, irmão.

Por isso escute o que digo
Beba com moderação
E viva bem, meu amigo
Com paz e amor no coração.
Antonio Evaldo da Rocha é filho de José Severino da Rocha e Luzia Lúcia Leal. É Natural de Campo Grande, tendo nascido no dia 24 de fevereiro de 1980. Concluiu o Ensino Médio pela Escola Estadual “José Calazans Freire”, em Upanema -RN e pretende prosseguir nos estudos e cursar a faculdade de Letras. É desportista defendendo o gol.
Esta faz parte das muitas histórias que ele conhece. E não parará por aqui. Avante, Evaldo!
FICHA:
TÍTULO: Dois alcoólatras convictos
AUTOR: Antonio Evaldo Wanderley Rocha
TEMA: uso abusivo de bebidas alcoólicas
DATAS: Composição dos versos: 2005. Publicação: 2006
EDITOR: Jornal de Upanema
COORDENAÇÃO DO PROJETO: Antonio Eudes B. e Silva Júnior
ESTROFES: 60
TIRAGEM: 500 exemplares.
REVISÃO E APRESENTAÇÃO: Francisco Xavier Gondim.
APOIOS:
SECRETÁRIO GILVANDRO FERNANDES
UPANEMA.BLOGSPOT.COM
JORNAL DE UPANEMA
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CEMITÉRIOS EM UPANEMA

A evolução da pesquisa histórica sobre os cemitérios aqui em Upanema tem tido dificuldades, visto que as pessoas vivas desconhecem datas, fatos e detalhes sobre o assunto.Há, basicamente, três locais de cemitérios a ser pesquisados: o primeiro que vamos descrever é certamente o primeiro cemitério da cidade, quando ainda esta era dependente de Campo Grande. O seu local era por trás da Avenida Getulio Vargas, nas proximidades de “Jerônimo Variedades” e “Panificadora Dois Irmãos”, no centro da cidade. O ano de construção deve ter sido no fim do século XIX para o começo do século XX. As pessoas com quem conversamos só se lembram bem da quadra de esporte que foi construída no local deste velho cemitério.O atual cemitério, localizado na Rua José Lopes, bairro Pêgas, foi construído ainda quando Upanema pertencia ao município de Campo Grande, na década de 30.Na primeira administração de Luiz Cândido Bezerra (31.01.1970 a 30.01.1973) ele fez uma importante reforma, aumentando a parte onde está a “casinha das velas”, ampliando o local.No seu segundo mandato (1983-1986) – mandato abreviado por causa do seu falecimento - o prefeito Luiz Cândido Bezerra realizou uma pintura.Em 1986, o prefeito Antonio Targino (assumindo o cargo por causa do falecimento do titular) iluminou-o, fez a passarela e pintou todo o cemitério outra vez.Em 2003, o prefeito Jorge Luiz mudou o visual da pintura das paredes e construiu a “Praça da Saudade”, facilitando ao povo aproximação do mesmo, além de denominá-lo de “Morada da Paz”.Há um outro cemitério que faz parte da história upanemense, construído por particulares, isto é, um cemitério não-oficial. Segundo alguns populares, a família Gonçalves resolveu enterrar seus mortos em outro local, vindo a construir um cemitério só pra eles. A separação até hoje é comentada como um ato de vaidade por parte deles, visto que se constitui num apartheid dos mortos: os pobres seriam sepultados no cemitério público e os ricos, no “Cemitério dos Gonçalves”, como ficou conhecido. Hoje ainda podemos ver os escombros nas imediações do estádio “Freirão”, no bairro Pêgas.
Fonte: Blog de Xavier
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PRIMEIRA CASA DE UPANEMA


Conhecida também pela “Casa de seu Luizinho” foi provavelmente a primeira construção erguida com tijolo cozido e barro da localidade. Construída na antiga Rua da Palha hoje Salviano Florêncio e apelidada carinhosamente de Rua Velha, estava posicionada na parte mais elevada da rua e de frente para o poente. Seguindo padrões da época não havia recursos de pilastra, laje ou concreto simples e armado. Os tijolos eram “sentados” em duplas e muito grandes. Nas soleiras das portas e janelas colocava-se como sustentação madeira. A cumeeira bastante elevada tinha a finalidade de resfriar o ambiente. Internamente as divisões dos quartos e salas eram feitas por paredes que não chegavam até o teto por ser completado por madeira que facilitava a circulação do ar. Há relatos de que sua construção foi realizada entre 1895 a 1900 e que deva ter sido construída por alguns destes pedreiros: João Afonso, João Golberto, Manoel Tertuliano, e Chico Agostinho que ficaram famosos por fazerem parte dos pedreiros que erguerem a igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição em tijolo. Antes era de taipa e coberta com palha. Acredita-se que Joaquim Bezerra foi seu primeiro dono, homem de atitudes enérgicas, era casado com uma irmã de D. Nazaré que era esposa de seu Luizinho último morador da casa.
Durante muitos anos a casa de seu Luizinho, como era conhecida, foi referencial para os feirantes e estudantes dos sítios, pois a sua “latada” servia de sombra para amarrarem seus animais após a travessia do rio vindo dos sítios da região.
Devido infiltrações e o cupim ter atacado a madeira, no final da década de oitenta, como havia risco de desabamento, ao invés de reformarem a casa acharam melhor derruba-la!
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UPANEMA - RIO

Upanema é um rio, que nascendo ao pé da serra do Patu, atravessa os municípios de Augusto Severo, Caraúbas e vai desaguar no rio Mossoró, com um percurso de 190 quilômetros e tendo uma bacia de 3.500 quilômetros quadrados. É a lição de Manoel Dantas. Nestor Lima julga o curso do Upanema em 12 léguas. Já se vê que não é um riozinho de terceira classe.

Não há um só mestre em tupi que ensine diferente. Todos afinam no mesmo diapasão. Upanema quer dizer água má, rio imprestável. De U, água, rio, e panema, mau, ruim, imprestável.

Francamente, não é crível ter-se o Upanema como rio imprestável, quando ele possui grande curso, larga faixa irrigatória e uma bacia de 3.500 quilômetros quadrados.

Sempre desconfiei que o nome estivesse errado e com ele, a interpretação do topônimo.

Os filhos do município de Campo Grande do upanema, depois vila do Triunfo e atualmente Augusto Severo, sabem de cor e salteado que o verdadeiro nome, o velho nome popular do rio, é Panema. Panema é chamado assim, nas mais antigas sesmarias, cartas-de-data, licenças eclesiásticas, provisões etc. como prova ainda visível, hoje temos o rio Barra do Panema, no município de Areia Branca e a povoação Paneminha. Do Barra do Upanema diz, com toda justiça, Nestor lima: -

“Não padece dúvida que esse rio chamado Barra do Panema é o antigo curso e barra do rio Upanema.

O rio Panema descoberto e povoado, no interior, ao mesmo tempo que o rio Apodi, e não lhe é inferior, nem na extensão nem no volume das águas”.

Upanema bem pode ser rio imprestável e Panema significa diversamente. Não ignoro que na região amazônica “panema” é sinônimo de infeliz, atoleimado, triste, desastrado. Nós, aqui, no Nordeste, ainda chamamos “impanemado” ao individuo impaludado. Mas nada disto tem que ver com o rio Panema.

Em Tupi dizemos PÉ, querendo expressar caminho, estrada, via. NEMA é adjetivo. Significa sinuoso, curvo, rodeador, volteado. NEMA é escrito com um til sobre a primeira consoante. Como em português só conhecemos o til sobre a vogal, não é possível grafar exatamente. Pronuncia-se NHEMA. Panema é, pois, caminho cheio de curvas, estrada sinuosa. Foi esta imagem que obrigou o índio a dar ao rio Panema o nome Panema.

Em Tupi, o mesmo vocábulo “Panema” serve para Upanema e Ipanema, ambos rios maus.

Dessa forma, o tradicional Panema recebe seus inalienáveis direitos de ser Rio das Curvas ou caminho de voltas em vez do injustíssimo Rio Imprestável.

Fonte: CASCUDO, Luis da Câmara
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BANDEIRA MUNICIPAL



Cor branca, significando o algodão economia máxima do município, sendo cortada horizontalmente por uma faixa verde significando a flora da região. No centro um brasão d’armas do município sendo divididos em duas partes superiores de maior tamanho, onde estão inseridas na parte direita uma árvore e nela a cruz simbolizando a 1ª missa rezada nesta localidade. Ao lado esquerdo um Brasão de cor vermelha e nele lembrando a colonização. Em cima deste Brasão uma fortaleza simbolizando sua padroeira, Nossa Senhora da Conceição. Do lado esquerdo, um capucho de algodão simbolizando o município de Upanema. Abaixo do Brasão D’armas uma faixa onde está inscrito Upanema.
Fonte desconhecida
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SITUAÇÃO POLÍTICA

O município de Upanema foi criado pela lei estadual nº 874, iniciativa do Deputado Antonio Rodrigues de Carvalho, a 16 de setembro de 1953, quando contava com 5189 habitantes. Até então, Upanema era distrito de Augusto Severo que tinha como prefeito o Sr. Tito Jácome.
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Padre Adelino, Upanema e sua cacimba em Noronha.

Augusto Maranhão, pesquisador. Publicado no Jornal Tribuna do Norte da capital do Estado no dia 20 de fevereiro de 2000.

Por volta de 1867, em um local conhecido como “Curral da Várzea”, perto do então município do Triunfo, hoje Campo Grande, o padre Francisco Adelino de Brito Dantas começou a construção de um povoado em terras doadas por fazendeiros da região. Por ter um bom clima úmido e terras férteis, esse povoamento logo atraiu a chegada de algumas famílias para fixar residência. Em seguida veio a construção da capela que foi erguida em homenagem a Nossa Senhora da Conceição e de uma rua que teve o nome de “Rua da Palha” por serem suas moradias cobertas com as palhas de carnaúbas. Assim, o povoado crescia e já tinha contornos de vila quando recebeu sua primeira escola e o nome de “Conceição de Upanema” por sugestão do próprio padre Adelino. O nome Upanema vê do rio que fica próximo e significa na linguagem dos índios, antigos habitantes da região, “água sem peixe”. A cidade hoje de Upanema foi desmembrada do município de Campo Grande em 16 de setembro de 1953 e deve ao destemido padre Adelino a sua criação.
O padre Francisco Adelino de Brito Dantas era filho do Tenente Félix José Dantas e de dona Maria Honorata e nasceu em 1825 para alguns historiadores e para outros em 1828 em Campo Grande. Sua família era enorme e tradicionalista em todos os municípios vizinhos. No dizer do mestre Cascudo, ele era falante, tinha uma força incomum e montava cavalo como ninguém, além de ser ágil como um maracajá. Porém seu destino não seria de ser fazendeiro ou militar como o pai. A igreja seria seu objetivo e assim foi nomeado padre em 23 de maio de 1851.
Já sacerdote e após fundar o município de Upanema, ele viajou para a cidade do Recife em 1870 e foi ensinar latim e francês por aquelas bandas. Na capital pernambucana o padre Adelino tomou conhecimento que o presídio de Fernando de Noronha estava com uma vaga de capelão em aberto. Ninguém gostava de ir trabalhar naquele canto isolado do oceano atlântico, principalmente por ser lá uma colônia correcional. Ele solicitou a vaga e foi nomeado pelo Conselheiro João Alfredo, a pedido do Bispo, como o novo capelão de Fernando de Noronha. Desde seu descobrimento em 1503 por Américo Vespúcio, a ilha de Fernando de Noronha sempre teve como principal problema o abastecimento de água. O padre Adelino já em plena atividade de Capelão do presídio de Fernando de Noronha e com profundo conhecimento das estiagens dos sertões potiguares, resolveu procurar o bom lugar para conseguir água e matar a sede da ilha, pois naquela época só existiam a cacimba do Atalaia, o açude do Gato e o da Horta, os quais estavam em situações de muita precariedade.
O padre Adelino, em 1888, recrutou alguns sentenciados e foi cavar perto da praia do Morro Dois Irmãos. Ali próximo também estava a capelinha da Conceição para sua reza e proteção. Os trabalhos logo começaram para se achar o precioso liquido e, aos catorze metros de profundidade, ele encontra a nascente de água potável e o “tesouro” encontrado é tido como um verdadeiro milagre, pois as águas existentes em Fernando de Noronha eram salobras e de temporadas. Ali a cacimba cavada pelo padre norte-rio-grandense Adelino e seus presos era o fim dos suplícios para os noronhenses. O aspecto cristalino da água achada era fascinante e pura, onde quase sempre era reservada aos doentes que nela depositavam suas curas. O nosso conterrâneo não viveria o suficiente para ver que sua descoberta traria vida abundante para os ilhéus por longos anos. Ele adoeceu gravemente em Fernando de Noronha e pediu dispensa do posto de Capelão do presídio e voltou para Recife e depois para a sua querida Campo Grande no oeste potiguar, onde veio a falecer em 18 de agosto de 1893.
O padre Adelino não batizou sua cacimba, mas o bom povo de Fernando de Noronha o eternizou como uma consagração natural e denominou a fonte de “Cacimba do Padre”, uma homenagem ao grande homem e sacerdote que ele foi. A água da cacimba do padre durante a segunda Guerra Mundial foi o ponto determinante de abastecimento de toda tropa que serviu no Trigésimo Batalhão de Caçadores, o conhecido “Trinta”. Apesar de terem os americanos instalados dois dessalinizadores em Fernando de Noronha, só a boa água da cacimba do Padre aliviava a sede deles. Existe ainda uma lenda noronhense de que quem sua água bebesse jamais sairia de lá e que o padre Adelino em noite de luar caminha por aquelas bandas de beleza impar protestando contra o abandono do lugar.O nosso padre Francisco Adelino de Brito Dantas, fundador da cidade de Upanema e descobridor da água pura de sua cacimba em Fernando de Noronha, é um exemplo de perfil a ser reverenciado e lembrado em nossos quatrocentos anos.
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SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS EM UPANEMA

O município de Upanema possui dois sítios arqueológicos catalogados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Arqueológico Nacional) como também pelo NEA (Núcleo de Estudos Arqueológicos) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN. São os sítios de Umarí e do Riacho Fundo.No sítio de Umarí foram encontradas gravuras rupestres na “Pedra do Sino” (tem esse nome devido ao som que é emitido ao se bater nela com algum objeto), sendo difícil à identificação de suas figuras isto por que esse local está sendo alvo de “vândalos”, ou seja, pessoas que a visitá-lo, não resistem e deixam seus nomes gravados na pedra, o que se constitui um verdadeiro crime contra o nosso patrimônio histórico e sendo este um dos fatores que estão contribuindo para o desaparecimento dessas pinturas.Em relação ao outro sítio arqueológico, o do Riacho Fundo, as pinturas se encontram, de certa forma, protegidas pela própria natureza visto que o local é de difícil acesso, mas ainda sim exposto à decomposição por fatores naturais como sol, chuva e etc. As pinturas estão localizadas no chamado “Serrotão” (uma formação rochosa com erca de 100 metros de altura no meio da caatinga). Essas gravuras são bem legíveis, destacando-se uma espécie de barco, figuras humanas e também de animais além de muitos símbolos não identificáveis.Esses sítios arqueológicos demonstram um pouco do potencial turístico de nossa cidade. Pode-se, facilmente, fazer de Upanema um ponto turístico da região, como acontece em outras cidades. Quem já não ouviu falar do Lajedo de Soledade em Apodi? A pergunta correta seria: o que é preciso fazer para nos igualarmos a eles? Quantos empregos não gerariam? Quantos benefícios? O que nos falta?
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O MISTÉRIO DA CACIMBA DO PADRE

Conta-se que o padre aparece nas proximidades da cacimba, junto à Praia da Quixaba, montado numa mula branca, sem cabeça. A lenda remonta a 1888, época em que o Pe. Francisco Adelino de Brito Dantas descobriu a fonte de água potável, que o imortalizou e onde habitou até morrer.

Há ainda a lenda da Cacimba do Padre. No século XIX, o capelão do presídio de Fernando de Noronha, padre Francisco Adelino de Brito Dantas descobriu a fonte da melhor água potável da ilha. A fonte foi usada durante muitos anos e depois esquecida entre as ruídas da suposta da casa onde teria vivido o religioso, próxima a uma praia de areias brancas. Conta-nos Marieta Borges que , "à noite, o reverendo aparece no lugar, montado numa mula-branca como a neve, chegando até a beira da cacimba, como a vigiá-la. Na tradição popular, quem bebe a sua água jamais esquece Noronha e volta, um dia, à ilha", arremata a escritora.
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O FUNDADOR DA VILA DO UPANEMA

O Padre Francisco Adelino de Brito Dantas nasceu em Campo Grande (Augusto Severo), em 1825, segundo uns e 1828, segundo outros. Ordenou-se sacerdote em 1851. Veio a falecer na Vila do Triunfo, o segundo nome de Campo Grande, a 18 de agosto de 1883.
Se houvesse neste mundo homem falado e famoso em Campo Grande seria tanto quanto o padre Adelino. Tinha força hercúlea, montava como uma Marialva. Raramente, usava estribo. Saltava na sela. Para descer, era um pulo. Ágil como um Maracajá, contavam façanhas incríveis de suas habilidades. Mas não era essa a sua atividade normal. Latinista de escol ensinou no Recife, deixando nomeada. O conselheiro João Alfredo o fez capelão em Fernando de Noronha. Padre Adelino, saudoso das águas frescas do seu sertão, tanto rebuscou a ilha que deparou uma nascente. Com vários sentenciados, ele mesmo, de enxadão no punho e chapéu de palha de carnaúba, cavou, fez paredes e doou aos sedentos a melhor água da ilha presidiária. Água de excelente sabor informa Mario Melo que a saboreou (“Arquipélago de Fernando de Noronha”, p. 10). Olavo Dantas da um depoimento entusiástico: -Essa cacimba fornece a melhor água da ilha (“Sob o céu dos Trópicos”, p. 62). Chamam-na a Cacimba do padre. Quando vivia em Campo Grande, foi Capelão dedicado. Em 1867, rodeado de amigos, decidiu fundar a povoação de Conceição do Panema, a trinta quilômetros da cidade-sede. Erigiu a capela. Cantou a missa. A povoação cresceu, vingou, desdobrou-se. É a vila do Upanema. Tem Escolas Reunidas (“Comandante Veras”), correio e constitui núcleo de população densa.
Não é uma tradição oral.o Mons. Francisco Severiano informa, no seu “Diocese da Parahyba” (p. 112-13): -“Esta povoação (povoação da Rua da Palha ou Panema) teve princípio em 1867, pó iniciativa do ver. Padre Francisco Adelino de Brito Dantas, natural do mesmo Estado, ordenado presbítero a 23 de maio de 1851 e falecido em 1893”.
O padre Adelino era filho do tenente Félix José Dantas, casado com sua sobrinha Francisca Xavier de Lira, e enviuvando, convolou novas núpcias com outra sobrinha. Dona Maria Honorata, viúva do Dr. João Valentino Dantas Pinagé, e irmão do Barão do Açu.
O padre Adelino é do primeiro matrimonio. Sua família, enorme e tradicionalíssima nos municípios vizinhos está cheia de episódios curiosos, merecedores de divulgação e fama.
Há dias, examinando o mapa do distrito de Upanema, verifiquei que o padre Adelino, fundador da Vila, não tem seu nome em parte alguma. Sacerdote, professor de latim, orador, foi preterido do apadrinhamento das Escolas Reunidas, pelo comandante Veras, homem digno e prestigioso, mas figura de realce político, égide do Partido Liberal. Nem mesmo uma praça se honra com o nome de quem determinou aquela vila, reuniu aquele povo, construiu a capela e deu a primeira benção, sob o céu maravilhoso.Não se diga que aos meus patrícios de Augusto Severo falta memória. Sua Santidade Pio XII tem uma praça, ao redor da igreja, com seu nome venerando. Faço o meu apelo ao Sr. Prefeito Municipal de Augusto Severo para que salde uma parte da dívida, dando o nome do padre Adelino a uma praça bonita em Upanema. A Praça do Fundador. Já é um titulo que dispensa justificação. Sem ele, o santo padre não teria a praça. Nem haveria tema para que escrevesse eu essa solicitação ao moço Prefeito do velho município ilustre...
FONTE: Luis da Câmara Cascudo
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NOMES DA TERRA

Padre Adelino (1828-1893)
Era um dos melhores cavaleiros de seu tempo, famoso na firmeza do pulso e segurança da perna para os cavalos mais árdegos. Promoveu grandes vaquejadas que fizeram fama. Fora capelão do presídio de Fernando de Noronha onde fizera cavar a melhor fonte d’água de beber, ainda hoje conhecida como Cacimba do padre. Diziam-no bom orador e latinista. Faleceu na vila do Triunfo, segundo nome do futuro Augusto Severo, deixando recordações do seu trato amável e virtudes de convivência. Conceição de upanema foi distrito de Augusto Severo em 1938.


Em 1867, o padre Francisco Adelino de Brito Dantas, então residente na Vila de Campo Grande, onde nascera, agradou-se da Rua da Palha, animando e dirigindo a construção de uma capela a Nossa Senhora da Conceição, e realizando assistência religiosa, motivo de maior afluência para o crescente arruado. O padre Adelino mudou o nome de Rua da Palha para conceição de Upanema, comumente dito Panema. Os Pêgas eram Cariris...
Fonte: CASCUDO, Luis da Câmara. Nomes da Terra. 1ª edição. Fundação José Augusto. 1968.
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A “CACIMBA DO PADRE” EM FERNANDO DE NORONHA

LUÌS DA CÂMARA CASCUDO

A “CACIMBA DO PADRE” EM
FERNANDO DE NORONHA

Apresentação

Em 1888, chegava à ilha de Fernando de Noronha o padre FRANCISCO ADELINO DE BRITO DANTAS, natural do Campo Grande, ribeira do Upanema, província do Rio Grande do Norte. O reverendo padre fora assumir a capelania daquela ilha, designado pelo bispo de Olinda Recife.

O padre Francisco Adelino, legítimo homem do sertão Nordestino, pertencia a duas famílias tradicionais da nossa província: era ele neto de Manuel Antonio Dantas Correia e bisneto do coronel de ordenanças Caetano Dantas Correia, tronco dos Dantas seridoenses; e também neto de Manuel da Anunciação e Lira, patriarca da família Brito Guerra, da fazenda Jatobá, em Campo Grande. O padre Francisco Adelino era sobrinho, pela linha materna, do padre Francisco de Brito Guerra, vigário-colado do Caicó e senador vitalício do Império.

O acariense Manuel Antonio Dantas Correia, avô paterno de Francisco Adelino, deixou um manuscrito para a posteridade, descrevendo a operosidade engenhosidade dos moradores da ribeira do Acauã, no Acari, com vistas vencer os efeitos causados pelas secas. Tal relatório foi incluído pelo doutor Plelippe Guerra, em seu livro “Seccas contra a secca”.

Na convivência com a vida do campo, o jovem Francisco Adelino aprendera com os seus familiares a conhecer intimamente a terra sertaneja. A sobrevivência do sertanejo dependia de um conhecimento profundo da natureza, sem o qual poderia ele ser vencido pela agressividade do semi-árido nordestino.

Chegado à ilha de Fernando de Noronha, como dissemos, o padre Francisco Adelino preocupou-se com a situação em que se encontravam os habitantes dali (em sua maioria presos condenados pela justiça), em virtude de não existir naquela ilha nenhum manancial d’água potável, de boa qualidade.

Movido pela natural curiosidade de conhecer o território sob a sua responsabilidade pastoral, o padre Francisco Adelino adotou o hábito de realizar longos passeios pela ilha, até que um dia encontrou um trecho de terreno Sambaquixaba. Pareceu ao sacerdote, que ali poderia existir um manancial subterrâneo de água.

Conseguindo o auxilio de alguns presidiários, fornecido pela Administração da ilha, o revelando supervisionou os trabalhos de escavação do solo, em procura do lençol freático, que ele, com sua experiência de homem do sertão, achou possível ali existir.

Por vezes, o padre não se continha: de chapéu a cabeça e enxada na mão, ele se confundia com os trabalhadores, colaborando árduo trabalho de escavação. Finalmente, quando o posso já atingia a profundidade de quatorze metros, surgiu a tão esperada presença de água. O liquido, conforme ficou logo constatado, era de primeira qualidade, o que causou uma generalizada satisfação entre os moradores daquela ilha.

Como é natural, “batizaram” a descoberta com o nome de CACIMBA DO PADRE, ainda hoje existente em Fernando de Noronha.

O escritor Luis da Câmara Cascuda, em uma de suas Actas Diurnas, publicou no jornal A REPÚBLICA ( edição de 11 de outubro de 1939), o artigo intitulado “A Cacimba do Padre em Fernando de Noronha”, ora transcrito neste opúsculo, o qual permitirá ao leitor da atualidade tomar conhecimento da atuação do Pe. Francisco Adelino de Brito Dantas naquele Arquipélago.
Olavo de Medeiros Filho
29.07.96

A “CACIMBA DO PADRE” EM FERNANDO DE NORONHA

Quem visita Fernando de Noronha alude à CACIMBA DO PADRE como a melhor água existente na ilha. Tem 14 metros de profundidade e abastece toda vila, água de excelente sabor, informa Mário Melo (“Arquipélago de Fernando de Noronha “, p. 10 ) Olavo Dantas, no seu ótimo livro “Sob o Céu dos Trópicos” (p. 62 ) entra em detalhes: - Há em Fernando um poço – ou cacimba, como lá se denomina – que é conhecido por cacimba do Padre. Essa cacimba, que fornece a melhor água da ilha, fica situada no meio de um formoso bosque, que é um verdadeiro remanso virgiliano. E ainda: -Diz a lenda que o padre que há muitos anos fez cavar o poço, é visto de vez em quando a passear nas imediações da cacimba, talvez saudoso daquele ambiente de beleza e paz. (idem p. 63 ).

Poucos sabem que esse Padre era norte-rio-grandense e fundador de uma povoação em sua província. Chamava-se Francisco Adelino de Brito Dantas e nascera em Campo Grande no ano de 1825. Ordenou-se sacerdote a 23 de maio de 1851. Homem inteligente, curioso, em constante preocupação de movimento e de construções, em janeiro de 1867, ajudado pelos pequenos agricultores da ribeira do Upanema (ou Panema ) erigiu a Capela de Nossa Senhora da Conceição numa várzea deliciosa, à trinta quilômetros de Campo Grande determinante de uma futura fixação humana. Deram o nome de Rua da Palha embora o Padre Adelino tivesse denominado Conceição de Panema. Hoje é Vila de crescente renome, com escolas-reunidas (“Comandante Veras”) e oficialmente “Upanema “. O Padre Adelino como um velho semeador de cidades, deixou pegada definitiva na geografia política de sua terra.

Em meiados de 1870 viajou o Padre Adelino para Recife onde ficou residindo. Ai ensinava latim e francês. Vagando a capelania do presídio de Fernando de Noronha, o Padre candidatou-se. Era uma função pouco apetecida pelos seus companheiros de batina. Por algum tempo o preenchimento se fazia por sorte. Os padres não amavam aquela penitência terrível, numa pedra perdida no meio do mar. O Bispo, vendo a constante ausência de voluntários, recorria ao processo do acaso e o sorteado viajava como quem marcha para um sacrifício.

O Padre Adelino solicitou o lugar e o Bispo nomeiou-o imediatamente. Em Fernando de Noronha, o novo Capelão mandou erguer uma grande casa de taipa e percorria seus domínios detalhadamente, com aquele mesmo cuidado com que examinava os recantos do sertão norte-rio-grandense. A falta d’água na ilha era a primeira calamidade. Havia a cacimba de Atalaia, a cacimba da Biboca e a fonte do Mulungú, esta de água salobra mas aconselhada para as moléstias do fígado. Água boa, clara, leve, saborosa, só quando descia das nuvens, nos dias de chuva.

Padre Adelino tanto andou, tanto revirou, tanto olhou, que descobriu um veio d’água deliciosa. Mandou cavar quatorze metros numa vertical teimosa. Assistia o trabalho e ajudava, de enxada na mão, chapéu de palha á cabeça, animando a turma de sentenciados, escolhida para aquela obra de misericórdia. Em princípios de 1888 a cacimba a cacimba ficou pronta. Era, e continua sendo a melhor água da ilha. Não a batizou, mas os moradores e presidiários, numa consagração espontânea, começaram citando a fonte como a cacimba do padre. E ficou cacimba do padre, há mais de meio século.

Adoecendo gravemente, o padre-capelão obteve dispensa e voltou a Recife. Não melhorando, despediu-se dos amigos e regressou ao pequeno cantinho onde vivera. Campo Grande era vila do Triunfo. Em 18 de Agosto de 1893 faleceu padre Francisco Adelino de Brito Dantas.

Não deixou, de sua conhecida inteligência e saber, documentos expressivos. Ligou sua atividade a dois episódios simbólicos em sua vida de padre. Fundou uma povoação e descobriu uma fonte...


Jornal A REPÚBLICA, 11/10/1939
(Arquivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)
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